Quando eu era pequeno diziam que eu era louco Queria ser um artista, mas era muito pitoco Levava papel pra roça escrevia em cima de um toco Mas hoje com essas letras estou faturando um troco Fiz microfone de barro pra com meu mano cantar Como se fosse uma radio pra gente se acostumar Mas nem o meu próprio irmão conseguia me aturar Estraçalhava a minha radio nós começava a brigar Eu trovava e carpia quando lembro me dá um trauma O meu pai e meus irmãos vieram com muita calma Me pegaram num flagrante que feriu a minha alma Cada verso que eu fazia eu mesmo batia palma Na gaita velha do pai eu virava a insistir Ele gritava que saco vai lá pro rancho guri Mas com 12 anos de idade aprendi e consegui Tocar um baile pra um cara e até hoje não recebi