Lá onde eu moro Não precisa radio E muito menos televisão Se eu ligar o rádio Perco o importante Que é o barulho la do ribeirão E as passaradas Que cantam direto É o importante pro meu coração Muito bem eu vivo E é este o motivo De eu não abandonar o meu sertão Nos dias de chuva é bem mais gostoso Porque vem aquele cheirinho do mato E quando é quente As cigarras cantam Todos eles têm seus momentos exatos De madrugada Canta as passaradas Galinha e porcos marrecos e patos E estes que falam mal Do meu sertão Não sabe o que é bom Tá sendo um ingrato Onde eu moro é bem no meio do mato O tatu e o quati reviram o terreiro Pois eu não preciso prender passarinho Eles vem cantar no abacateiro Tenho muitas flores lagoas de peixe Esta é a vida deste brasileiro Tenho bons vizinhos Não troco por nada São bem divertido Honesto e verdadeiro