Eu sou um artista destes que sentiu na pele Como é que é a vida de um lavrador Plantei mandioca cana milho e feijão Desde pequeno fui criado no interior Já sofri muito com a chuva e a seca Também sofri com o frio e o calor E é bem por isso que com a minha família Eu planto e colho só pra eles dar valor De segunda a quinta estou na lavoura Com os meus filhinhos eles têm que aprender E nos fins de semana eu toco fandangos Mas do meu sertão não posso esquecer O meu terreno é bem distante da cidade Fiz minha casa bem no meio do Matão Para meus filhos conviver com a natureza E viver longe da droga esta maldição Lá eu ensino a eles o bom caminho Além das roças também temo criação Vão aprender como se planta e se colhe E respirar o ar puro do sertão