Desci a Serra pra encontrar no frio E no meu bolso guardar teus sinais No verde belo dos teus artifícios Os meus escondo em manchas lilás Será que a vida leve e solta poderia apartar As dores que jazem no berço da situação Será que o vento nos leva e só depois Percebe que o mundo não é pra nós dois Teu corpo fala O meu arrepia Tuas nuâncias me tiram o chão Veio adentrando sem pedir licença Puxou o tapete Expôs o coração Subo, me elevo, na tua presença Teus quatro olhos mostram quem tu és Quando me perco no meu mar de monstros É a tua luz que mostra o meu eu Será que a vida livre e leve poderia curar As chagas que essa espécie causou em você? Será que o tempo muda o que não dá pra mudar Ou é o meu amor que tocará no teu ser? Faz de mim tua morada Impetuosa tempestade Com teus raios violentos Tu és mulher demais Faz de mim tua morada Impetuosa tempestade