Vou me embriagar Ao destilar a sua história Na garrafa ou no barril Nos engenhos de açucar Das lutas e glórias Bebidas dos escravos na senzala Para amenizar a dor E no girar da economia Virou aguardente feitiçaria Tem pinga pura eu quero mais Só uma dose não me satisfaz De gole em gole, de bar em bar Deixando um pouco pro santo bebericar O brinde dos inconfidentes O combustível da ilusão Que traz a fé Marafo pra saudar o orixá Lá na festa do divino faz viola chorar Vem do alambique não é água não É caipirinha na mistura com limão Êta! Marvada Nesta folia embebedou minha emoção O meu samba é a cachaça que contagia Vem comigo toma um porre de alegria Sou curicica levantando seu astral Salve a caninha patrimônio cultural