Um resto de fandango cuiudaço Mesclado com fumaça de cadeeiro A goela da cordeona de oito baixo Nas garra dum gaiteiro missioneiro A indiada lambuzada de cachaça Bochincho pra xiru que não tem medo Um borracho sapateando e dando grito Vergando o recavem do chinaredo Um cheiro de cachaça e vinho doce Fedendo pelos cantos do salão O dia a trote largo vem chegando E a china começou froxá o garrão A lua lambendo a quincha do rancho Lá dentro a fumaça empolvadeira Um taura chincha a china pelo meio Num xote bem crinudo da fronteira Um xote véio desses de socá canjica Aperto a tipa bem na vorta das cadera Sapateadito só pra vê como é que fica Num xote véio aporreado da fronteira Me interto num cangote de uma china Num canto bem escuro do salão A tipa ressabiada de cornilho Que nem gata chamuscada de tição Mui vaquiano vou tapando de prumessa Com calma vou deixando a arrucinada Se entrega pros carinho bem ligero Cochila quando chega a madrugada Xote véio cherando a bosta de vaca Cresceu beiçudo aquerenciado nas bailanta Que o índio dança c'oa dor escavando a terra Só pra comer um pouco de pó que se levanta E o nego véio rodiudo anca redonda Parece um lobisomem bate os dente Num jeito de poliango aturunado Levando meio tudo pela frente Um xote véio desses de socá canjica Aperto a tipa bem na vorta das cadera Sapateadito só pra vê como é que fica Num xote véio aporreado da fronteira (hohoba , xote véio de bailá pelo rio grande, parceiro)