Eu sou chegado em bailanta Mais que macaco em banana Lá por terra castelhanas eu passei certa ocasião Na vila São Sebastião perto do Porto Camacho Roncava uma oito baixo e contrapontiava a guitarra Eu entrei naquela farra já quaje meio borracho O baio eu deixei pra cá pastando num campo fino Na canoa do Balduino varei pro lado de lá O Valdomiro Maicá imitava um sapucay E a cousa que mas me atrai é um lotão de china pintada E um baile de cola atada nas barrancas do Uruguai O baile tava animado derramando pelas beira Chamamé, xote e vanera muito tango afigurado Foi quando eu olhei pro lado e convidei uma dona No compasso da cordiona saí arrastando o pé Quando eu gritei que o Pelé foi melhor que o Maradona (Deus nos acuda, foi aquele entrevero na bailanta, tchê!) Que em pessoa desavença paulada, soco e cadeira Da polícia costeira um tal de sargento França Gritou que cobrasse a ofensa mandou me baixá a taquara Camoati chatchia Potiguara que eu bailava com alegria Qual uma tigra me batia com uma alpargata na cara (E eram pior que Camoati, quando eu gritei de novo Que o Pelé foi melhor que o Maradona) Quando o Balduino surgiu quase no fim da madrugada Roxo de frio e bordoada me achou na beira do rio Lhes digo que por um fio a minha vida não termina Lá na pátria da Cristina me riscaro o lombo a laço E depois deste cagaço nunca mais fui na Argentina (Há há, um abraço lós hermanos nem que me paguem Não vou pro lado de allá)