Um coração temperado a fogo com labaredas na alma Aqueço o peito com calma e agiganto a fantasia Transformo o mundo em poesia estufado de emoção E no mais a inspiração vem entrenhada na mente Que brota que nem vertente no manancial do meu chão (2x) Um cantador que traz na estampa um semblante de campo e mato E por ser gaúcho de fato das lidas conhecedor No lombo dos corredor eu to branqueando as melenas E venho cantando cenas de existências passageira Golpeando as duas ilheiras desta cordeona pavena (2x) (alguns me chamam de poeta outros me chamam de táita Num xucro golpe de gaita com a guitarra num reponte Eu deixo que os outros contem futuro bamba de fora O sem dente não me engole sou duro pra mastigar Faço gengiva sangrar nos queixo dum boca mole) E cantando os velhos tempos emponchado de bravura Sem esmagar a cultura que a nossa história reserva Que o pago xucro conserva na poupa do dia-a- dia Amanunciando a euforia que berra dentro de mim Me obriga a cantar assim emponchado de galhardia (2x) Um coração temperado a fogo com labaredas na alma