Lá na campanha onde eu vivo Tá bem bão' de morar lá Tem um povoado pertinho Que é pra gente retouçar Chegou uma muié' do povo E ergueu um rancho na esquina Com mais oito franga' nova' Pra um rebuliço de china E o Três Bola', dono d'uma Tipo à toa e bem imundo Borrachão e revolvero Gigolô e vagabundo Dava laço no chinedo Pregava uns tiro' nos fundo' E gritava pro gaiteiro Que não parasse um segundo Baile véio' formado mesmo Que camoatim de rancho Não é, Tio Nanato? Ali pela meia noite Cantei tudo que eu sabia Soltei tudo a' minha' grossura' E o praguedo não dormia Chamei a dona da casa Pra acomodar os vivente' Pra contentar este chinedo Não vai ter saco que aguente Despôs que as tianga' se esquentam Não é fácil apagar o facho Pula, grita, se arrebenta Senta no colo dos macho' Só com uns barbante' nas anca' Vão alumiando os capricho' Num chacoaio' de pelanca Só de peiteira e rabicho Tem um letreiro na porta pra atrair a quem passar Aqui se bebe e se come e também dá pra pousar Bombeei pra dentro, só florão de tropa É aqui que eu quero ficar Um tendel de china e gaita Pois nem o diabo assegura Deixa que estufe os vazio' E estoure fele e sulfura Pegou a relampear fundilho Levando os macho' à loucura E as mais feia' se oferecem Por maços de rapadura Uma gringa pinga fogo Que se botou fora cedo Se agradou desse animal Por ali, deu-se o enredo Tapei a china de joia Um anel em cada dedo E a tipa metia inveja No resto do chinaredo Fomo coçando os calcanhar' E o estrago foi grande que nem porco em batatal