Eu sou dos tempo dos baile dos rabo atado E quem bailava sapateado era o dono do salão Num redemoinho de china venta rasgada Que varava a madrugada alopiando um vanerão Naqueles tempo de gaita de duas elheiras Se gorpiava a noite inteira nas garras do tocador Baiongo xucro da moda veia monarca Igual chulapa de vaca na vorta de um corredor Ainda me lembro do meu primeiro cambicho A gente guasqueava um xixo quando um xote desatava Surungo macho daqueles de rabo atado De chão socado com cinza e bosta de vaca Baile cuiudo dum lampião clareando a sala Porta furada de bala, rancho riscado da adaga China gaúcha que baila e faz um gritedo E um xirú que não tem medo da velha São Luiz Gonzaga Lá no meu pago ainda está do mesmo jeito Tem fandango de respeito e chinaredo de primeira Eu sou de agora, mas revivo antigamente E fiquei como semente desta pampa missioneira