Agarrei pelas anca uma china taura Pra bailá comigo numa madrugada Chacoaiá o mondongo e socá os caracu Numa vanera véia das bem aporreada Pedação de china que apartei a dedo Pra mim a mais linda florão da tropilha Parece uma piurra dançando a vanera E os cabelo cheira a flor de masanilha O coração estufa chega à criá um papo Fica latejando igual goela de sapo E o nêgo adalberto esgoela a oito soco O buque me estronca pescoço de galo Vanera beiçuda que das tão cuiuda A missionerada bailonga a cavalo E a indiada se atraca nas ruana e mulata Que o muque em aparta vacada ou rodeio Num eia! haha! de farra e risada E a ceva gelada vem de copo cheio O coração estufa chega à criá um papo Fica latejando igual goela de sapo Tiro a prenda para mas um corte de dança Paresque desmancha tudo o esqueleto Juro casamento e a china disputa Acredita tudo aquilo que eu prometo Sou peão domador bem pobre de cobre Mas rico de amor e uma cosa eu te digo Se deus me ajudá eu vorto no fim do mês E te arrasto pra estância pra morá comigo O coração estufa chega à criá um papo Fica latejando igual goela de sapo Quando o sol mete a cara nas fresta do rancho Gritou o mestre-sala: tá chegando a hora! Dô o último beijo nos beiço da tchanga E me dô pelos diacho por ter que m’imbora Me largo pra estância mas loco que certo Pra arrumá os tareco e falá co patrão Garroteia umas égua e vou buscá falouca Pra cuidá minha roupa e cozinhá feijão O coração estufa chega à criá um papo Fica latejando igual goela de sapo