Lá na fazenda do Donjo Capioli eu trabalhei por mês A dez patacão O João Paulada pontiava a viola E foi lá que escrevi esta história do peão Ganhei uns guaxos pra dar uma escola De dança e de rima pra ondiá do patrão Sou peão de fazenda e me sinto orgulhoso Bagual baixá o toso pra mim é um prazer Lombilho e tosquilha foi minha cartilha Meu laço meu mango me ensinam a escrever Meu banco de aula foi lombo de maula Nesta terra xucra que me viu crescer Já montei na sorte esporiei o destino Já larguei brasino esse medo sebruno A tropa dos anos que nos ombro embarca É o que deixa marca no peito reiudo Mostro meu Rio Grande nesta própria estampa Agarrado nas guampa de qualquer Turuno Sou peão de fazenda de rosto enrugado Que os adoutorado que sigam na onda Meus mano estudavam pra serem formado E eu cuidava o gado nas noite de ronda Quem nasce grosso já cresce quadrado E por mas falquejado jamais se arredoma