Um touro berrando, relincho de potro Um galo cantando na porta da frente Morando aqui fora o meu mundo é outro Eu vivo o Rio Grande de antigamente Avança o cachorro e bate a cancela O vô na janela, te apeia vivente As veis é minha china, as veis é o pai dela Nos fins de semana piasca de gente O Rio Grande é minha pátria Pampa xucro que floresce Caracu de bom gaúcho Não teima e não apodrece Lá fora onde mora é meu paraíso Só venho no povo por necessidade Acertar umas contas e comprar o que preciso E volto pro rancho cheio de saudade Na mala de viagem tenho por costume Tratá-la com perfume pra china Camara E pilha pro rádio pra iscuitá notícia E umas gulodícia pra dá pra piazada O Rio Grande é minha pátria Pampa xucro que floresce Caracu de bom gaúcho Não teima e não apodrece Comparei vinte e três de revolta e briga Heróis Maragatos e Chimangos em combate Rio Grande caudilho marca véia antiga De Jango Goulart e Getúlio Vargas Um touro berrando, relincho de potro Um galo cantando na porta da frente Morando aqui fora o meu mundo é outro Eu vivo o Rio Grande de antigamente O Rio Grande é minha pátria Pampa xucro que floresce Caracu de bom gaúcho Não teima e não apodrece