(olha bem pra esse índio taura mateando junto ao borraio, Judiado pelo trablho da dura lida campeira, mais parece uma trincheira Marcada de lança e bala, errodilhado no pala, ouvindo o chio da chaleira. Este é o meu rio grande sentado na banca do galpão, Xirú de mil profissão sem ser alfabetizado E aquele rosto enrugado dos manotaço da idade, que lhe deixaram saudade Do tempo que hoje é passado) Tudo que sei neste mundo aprendi com este cristão Desde a gaita de botão domar potro, laçar toro Trançar corda, sová couro, guarda-fogo na estância Copiando sua própria infância criava guaxo com souro Um naco de raça bugra cruza de índio charrua Um galo de bico impura brigou por este torrão Peleando calçou o garrão defendendo esta fronteira Quando raças estrangeiras quiseram tomar este chão Monarca sem sobrenome sem registro ou documento Livre como o próprio vento forjou seu próprio destino Sem tempo de ser teatino só hoje em dia tá vendo Que os anos passou correndo e cresceu sem ser menino Anoitece vai pro ninho, levanta ao cantar do galo Vai recolher os cavalos, deixa a chaleira esquentando Quando o dia vem clareando, trouxe o gado pro rodeio De pingo alçado no freio ouvindo a tropa berrando (2x)