Xirú Missioneiro

Guaxo Aporreado

Xirú Missioneiro


Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Tapeando a cara deste tubuna veiaco
Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Deste tubuna que tenta extraviar meus caco

Sou peão de estância agarrado nos arreios
Se um boca funda se cambeia campo a fora
Salto pra riba e levo a vida num floreio
E a alma atada na correia das espora
Melena véia se guasqueando contra o vento
Ringindo os tento num balanço cadenciado
Enquando existir algum veiaco no Rio Grande
Eu levo a vida no lombo dos aporreados

Enquando existir algum veiaco no Rio Grande
Eu levo a vida no lombo dos aporreados

Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Tapeando a cara deste tubuna veiaco
Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Deste beiçudo que tenta vendê meus caco

Ladera abaixo salta sorro das macega
E é só curuja se entocando nos cupim
Até um zurrílho se atravessou no caminho
Se enredou nas pata bem no meio do capim
Ranjindo basto rumorão de bate casco
Extraviando quero-quero se golpeando cerro abaixo
Até um a jato que ia passando no alto
Parou assistindo eu na garupa deste guaxo

Até um a jato que ia passando no alto
Parou assistindo eu na garupa deste guaxo

Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Tapeando a cara deste tubuna veiaco
Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Deste ventena que tenta extraviar meus caco

E a negra Zéca criada da cozinheira
Gosta de mim e diz que morre de paixão
Dá um nó na saia, faz promessa e simpatia
Que eu fique tezo no lombo deste gavião
Minhas corda é forte e as chilenas são de aço
Tu te arrebenta ou então tem que desistir
Varzedo a fora com a crina que é um bagaço
Que nem as bruxa vão chegar perto de ti

Varzedo a fora com a crina que é um bagaço
Que nem as bruxa vão chegar perto de ti

Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Tapeando a cara deste tubuna veiaco
Tapeia aqui, tapeia ali, tapeia lá
Deste beiçudo que tenta extraviar meus caco