Xirú Missioneiro

Fazendeiro Em Decadência

Xirú Missioneiro


(É um privilégio e uma imensa honra
Em convidar pra cantar comigo
Meu parceiro e amigo Doné Teixeira
Que vai nos contar como é que vai a pecuária
E a vida dos fazendeiros por aí, tchê! -
Mas, ficou mais ou menos assim inté por pagá)

Fazendeiro em tempos atrás já foi ponto de até referência
Mas agora chegou a evolução atrasado já entrou em decadência
O que é seu não vale quase nada
E o que compra tem muito valor
Fazendeiro do jeito que vai já não forma seu filho doutor

(Mas tá tão preta a cosa assim, tchê?
Mas o que eu trago sempre sobra algum trocado
E numa maleza dessa só mesmo um trago
Pra trazer uma alegria, companheiro)

E a vaidade também diminui chega os ponto de dar uma trégua
Já tirei a mulher da ginástica e parei de dar milho pra égua
E os parceiro já não vejo mais
Tive até que parar com minhas funda
E pra dar minhas campereadas eu já ando encilhando uma mula

(Mas não diga companheiro é duro o trote
Mas Deus ajuda quem cedo madruga e a cosa vai miorá
O trote ficou mais duro e as mordomias terminaram)

Meu uísque ficou muito caro, minhas mãos começaram a tremer
E a cachaça pegou a fazer mal tive até que parar de beber
E o meu nome serviu de avalista, mas agora ninguém quer saber
E aquele meu fio de bigode foi parar lá no SPC

(Mas nem que seja a soco, vamo arrancar de volta, parceiro veio
Mas vai sair encaracolado e cosa muito feia, tchê)

Sei que tinha até um pouco de culpa
Me envolvi com mulher e Carrera
Fui patrão hoje sou mandado meu serviço é cuidar das cocheira
Teve um tempo que foi muito lindo movimento
E muita brincadeira
Hoje sei quem levou meu dinheiro
Éguas lerdas e mulheres ligeira

(Mas esse vício é bom demais
Esse não dá pra largar de mão
Não é meu amigo Doné Teixeira?
Mesmo que se vá os patrimônio
Mas tamo fazendo o que gostemo)