Parece que eu fui parido com um mango enfiado na mão Tirador meia canela chilena riscando o chão Inforquiado num pasto sombrero bem tapiado Pataquero e topetudo pos me esperavam no mundo Cum potro de queixo atado Truchi bocal e maneia, um maneador e buçal Arreio e corda bem forte que é pra lidar com bagual Espora de sete dente pra ginetiar o destino Que Deus reserva pros home e desenhando o meu nome Nas paleta de um teatino Quero aprendê desenhá o nome, mas não quero ser dotô Quero chegá numa estância me ajustar de domador Onde tenha potro xucro só de raça caborteira Que num coice apague o rastro que saia arrancando pasto Troque de lado as basteras Só quero todos veiáco, coicero e manoteador Que tenha cósca na boca empacado e boleador Que sejam todos bocudo, me canse o braço gorpiando Que custe a ficar sujeito que calce o queixo no peito Que caia e fique roncando Eu só não escoio o pelo pos nenhum se bota fora Que ande só de lombo duro se assustando das esporas Boto pra enfrená a potrada quando o inverno vié chegando Que chuva e frio não me estrova pra vê na segunda sova A potrada corcoviando (Por isso eu vivo contente na estância onde estou ajustado E sou pior que dor de dente no lombo dos aporreado)