Xirú Missioneiro

De Volta À Estância Ferradura

Xirú Missioneiro


Conheci um tordilho macho que dispensa qualquer prosa
Lá da estância ferradura na caudilha santa rosa
Por nome maçarico bem repartido e domado
Chega até essa pátria chula sob um metro quadrado
Este tordilho crioulo é mimo de uma cocheira
Causa inveja no rio grande desfilando com a bandeira
Parece que foi benzido por alguma feiticeira

Dos de torear delegado dos domingos de carreira

O amigo josé zorzan gaudério de cepa pura
Cavado no maçarico que a própria pampa emoldura
Que carrega a marca grande lá da estância ferradura

Parece um cusco de manso das confiança do estancieiro
De deixar cinchando a vaca enquanto cura o terneiro
Pois com as éguas seu lorota muda o semblante conduta
Que até parece que anda com são jorge na garupa
É relíquia de cavalo que até o dono se apavora
Pois conhece suas pisadas pelo tinido da espora
Quando solto escaramuça relincha e faz tempo feio
Como se nele montasse o negrinho do pastoreio

O amigo josé zorzan gaudério de cepa pura
Cavado no maçarico que a própria pampa emoldura
Que carrega a marca grande lá da estância ferradura

( hola maçarico, um abraço pro piazote lucio zorzan,
Campeão de rodeio)

Pois o tordilho já sabe quando é encilhado a capricho
Conhece o rumo e atalho a procura de algum bochincho
E fica trocando orelha enquanto o dono mete o chincho
Pois tem o pelo enfeitado que nem ovo de pelincho
Dá até pra pelear de faca, pois de rédea uma balança
Parceiro do diabo loiro outro pingaço da estância
Com ele o piazote lucio tendo laço não faz feio
Pois ganha todos os troféus por todos estes rodeios

O amigo josé zorzan gaudério de cepa pura
Cavado no maçarico que a própria pampa emoldura
Que carrega a marca grande lá da estância ferradura

(meu grande amigo josé zorzan, reparta um abraço com o
Galponeiro afonso e toda a peonada da ferradura)