(Bebida hoje aqui tudo por minha conta Menos pro botiquero, ele é nervoso Qué surrá a gente) Derrubo nos queixo uma canha braba E tapeio a aba pru cima da testa Aparto uns trocado que é pra o meu consumo Na noite me sumo, campear o que não presta Não saio de dia no sol não me aquento Pois fico nojento, que nem eu me aturo A sem-vergonhice que é meu costume Sou igual vagalume só brilho no escuro Pouco me interessa se alguém me apedreja Ou então me inveja comigo se zanga Eu vou sapateando num porre bonito De tonteá mosquito que chupa o meu sangue (Sabe Zézinho, tu é meu camarada meu amigo Tu é gaitero também tu sabe que lindas muié pra gente Mas eu sou fiel à minha patroa, ela é minha camarada Eu sou fiel ó...ao menos um ronco de gaita me tira o sossego Quando me chego o chinero se acende eu sai apertando A qualquer criatura e alguma feiúra e desmancho na canha É a véia desculpa de bebe pra esquece Se eu amanhece e ninguém me socorre Esqueço de tudo o que eu não mereço Só nunca me esqueço o tamanho do porre Não me interessa se alguém me apedreja Ou então me inveja comigo se zanga Me vou sapateando num porre bonito De tonteá mosquito que chupa o meu sangue (Que é um momento de canha Que é um momento duma bebedeira num dia de chuva Duma baita borrachera gaita em china Bastante em roda de mim) Quanto mais borracho mais bonito eu danço Num tranco manso ou em batucada China que eu aperto não perde o compasso Adoro no braço faceiro pros lados Por mais que eu bebo não durmo em macega Se a canha me pega não fico na estrada Quem diabo chia no primeiro gole Tem uns que já são mole e não bebem nada Dia quem me aveche o mi inveje cuigo se zanga Meo sabateano num porre bunito de tonteá musquito Qui chupa o meu zangue Não sei purque que aquela mia muié qué me deixá Diz que vai imbora intão qui vá Tem um montis qui mi quer Te otras qui mi querem aí Eu as veis eu choro puqui si ela não dexá dimim No me largá eu paro de bebe Vô pará cum tudo isso aí O que será que me fez mal?