Me criei guaxo índio taura da fronteira Riscando couro de lidar com alambrado Cisma de touro bem de contra o vento norte Tironeando a sorte nas crinas de um aporreado Trago o calor dos fogões do tempo antigo De um pai de fogo essência pura de um braseiro Sou desta gente crioulo desta comarca E carrego a marca deste pago missioneiro Xucro e bagual temperado à de tiaraju Sentado num paissandu eu comando meu destino Me vou teatino de alma atada nas crinas Pois deus do céu me ilumina E na terra eu me determino Trago a riqueza deste rio grande indomado Terra e pátria que deus me deu de presente Estampa de taura e um jeitão bem entonanado Não sou mais nem menos, sou apenas diferente Fui batizado com bába de redomão Seiva de orvalho temperando fibra e sangue Uma calandria se agiganta em minha garganta Pra cantar minha terra e a alma deste rio grande Xucro e bagual temperado à de tiaraju Sentado num paissandu eu comando meu destino Me vou teatino de alma atada nas crinas Pois deus do céu me ilumina E na terra eu me determino