Quando chega sexta-feira me ajeito da minha maneira Passo um rente na melena Bombacha pano dobrado e um vermelho debochado No gargalo do pavena Bato a foia do biscaio na bico de papagaio Que mandei temperá no povo Te espera lá na ramada tateando de cola atada Meu baio gema de ovo Sou missioneiro, chamameseiro nasci costeiro Gosto de ver quando o paysano comanda a farra No mate amarra e no cargo do chamamé Alço a perna com destreza me permite a natureza Que me deu força bagual Tapeio marca mangueira e bem no jeitão da fronteira Me vou pra banda oriental Passo lá um fim de semana nos braço da castelhana Que tá prenha deste peão Gasto toda as energia segunda ao clarear do dia Eu volto a trote pro rincão Sou missioneiro, chamameseiro nasci costeiro Gosto de ver quando o paysano comanda a farra No mate amarra e no cargo do chamamé Passo lá um fim de semana nos braços da castelhana Que tá prenha deste peão Gasto toda as energia e segunda ao clarear do dia Eu volto a trote pro rincão Vou cuidar da minha lida cicatrizando a ferida Que a saudade fez sangrar Quando me arrecadar os pilas de quatro ou cinco esquila Outra vez volto pra lá Sou missioneiro, chamameseiro nasci costeiro Gosto de ver quando o paysano comanda a farra No mate amarra e no cargo do chamamé