A dona Francisca, prenda missioneira Era cozinheira chamavam tia Chica Tinha um pilão véio num tronco de gracia Onde a véia guasca socava canjica Alta madrugada os galos cantando Por lá funcionando andava tia Chica No sistema antigo jeito missioneiro Num fogão campeiro socando canjica No sistema antigo jeito missioneiro Num fogão campeiro socando canjica Naquela cozinha então pra dar as dicas Chamavam tia Chica que tinha certeza Pois da sua dica ninguém mais frutica Naquela canjica para a sobremesa O velho mulato que era o peão caseiro Por ser companheiro a véia não cumplica Ficava na volta varrendo os terreiro Pra ser o primeiro pra ganhar canjica Ficava na volta varrendo os terreiros Pra ser o primeiro pra ganhar canjica A boa canjica que a véia servia Metia energia em toda peonada Deixava a indiada cheia de alegria Que passava o dia só dando risada Com todo respeito vou ver se consigo Que o cardápio antigo volte pra minha mesa Vou lendo as receitas que eram da tia Chica Pra fazer canjica pra minha sobremesa Vou lendo as receitas que eram da tia Chica Pra fazer canjica pra minha sobremesa