Dá licença meu Rio Grande antigo vejo a história longe na distância entre tantas coisas peculiadas vou citar a de mais importância já faz parte de uma economia a pecuária deu grande abonância mas o novo progresso chegando foi modificando o destino da estância As fazendas tinham regalia marcação e carneavam boiada convidavam os vizinhos de perto no outono pra castrá a tourada o rodeio no alto da coxilha todo o fecho tinha boa aguada no sossego a boiada envernando e fora da cria, as vacas estouradas A estância era cheia de gado o estancieiro era conservador muitas vacas, os terneiros nascendo apartavam pros invernador a família morava no campo conservando o costume valor enquanto uns permanecem na estância outros na faculdade, formavam em doutor Mas um dia tudo transformou-se ficou triste aquele cenário a estância ficou dividida e os herdeiros, hoje são proprietários não se vê mais o touro berrando contrariando mais de um centenário o bagual entristece o relincho lavraram as coxilhas, depois do inventário. Hoje a gente vê as cercas caídas e as casas e galpão no abandono a figueira já foi arrancada abraçada com o sinamomo As formigas cortaram o arvoredo o patrão dorme um eterno sono como é triste lembrar o passado a estância abandonada chorando seu dono.