Xirú Missioneiro

Mandingas do Tio Nanato

Xirú Missioneiro


Com prazer e orgulho convido essa legenda pura do Rio Grande
Tio Nanato, pra cantar comigo, homenageando outros parceiro' cantador'

Gaúcho da Fronteira encilhou o Mouro velho
Se enfiou numa vila pra dar um rebordeio
Se atracou num truco, se entupiu de whisky
Agarrou uma pinguancha e enforquilhou no joelho
Foram pra tarimba e a orelha murchou e a tchanga ficou pedindo freio
Foram pra tarimba e a orelha murchou e a tchanga ficou pedindo freio

Mas que barbaridade. Fala, Tio Nanato, d'outros parceiro' ginete'
Que andam em pandareco pelo Rio Grande afora

O Pedro Ortaça, metido a ginete
Comprou um aporreado lá por Vacaria
O tal Rasga Cueca, matungo famoso
Amontou de em pêlo no clarear do dia
Virou num trapo os fundilho' do Pedro
Um ovo ficou azedo e se enfiou na virilha
Virou num trapo os fundilho' do Pedro
Um ovo ficou azedo e se enfiou na virilha

Ruim de trote esse matungo, hein, tchê

O Mano Lima, cepa do Rio Grande
A tua dor de corno não dá pra aguentar
Tu larga de mão de dá pau nos milico'
Senão, na cadeia, eles vão te fincar
A' tuas muiérzinha' incomodativa'
Tu rapa o sabugo e manda elas pastar'
A' tuas muiérzinha' incomodativa'
Tu rapa o sabugo e manda elas pastar'

Muito mal de muié' o Mano véio'
Ainda bem que tu não fala nas minha' né, parceiro véio'

Xirú Missioneiro vai de mal a pior
Na Nega Marcolina ele vive enrabado
Ela vai pro povo fuzarquear c'os outro'
Ele vai pra rádio lhe mandar recado
Volta pras criança'! Chorava e pedia
Se não ele ia se matar enforcado
Volta pras criança'! Chorava e pedia
Se não ele ia se matar enforcado

Caluniando os parceiro' né, índio véio'
Com os zóio' só nas perna' da minha nega né tchê
Bobagem, Xirú

Escutei no rádio o clamor dos vivente'
Eu fiquei com dó, resolvi ajudar
Escutei no rádio o clamor dos vivente'
Eu fiquei com dó, resolvi ajudar

Fiz um despacho pra tal pombajira
Pro ovo do Pedro voltar pro lugar
Pro Fronteira velho, passe de São Jorge
Pra orelha dele parar de murchar

Pra o Mano Lima sarar a dor de corno
Chamei o cacique do Rei Oxalá
E o tranca rua benzeu o Xirú
Pra negra dele parar de putear

E o Tio Nanato virou mandingueiro
E é nesse ofício que o véio' vai enricar
E o Tio Nanato virou mandingueiro
E é nesse ofício que o véio' vai enricar

Vou te mandar um cabrito preto pra ti fazer um saravá pra tudo nós
Tio Nanato
E eu como o teu cabrito