Peste do Chifre Tanto homem depois que casa sempre arruma uma filial E esta filial sempre tem outro também É uma chifraiada que não tem tamanho A moda do chifre tá pegando muito bem. É um entrevero de guampa que ninguém atura A doença não tem cura e remédio não tem também Ataca na cabeça e dá um revertério na cuca Deixa a idéia maluca, chifre vai e chifre vem. Se tu me bota guampa eu também te boto chifre Se tu me bota chifre eu também te boto guampa É chifrada por cornada por mais que tu não mereça Se esquenta a cabeça acaba encircuitando as guampas. Muitas muié logo que casa, é amor pra cá meu bem pra lá Mais logo pega enjoa a mesma comida noite e dia Se o macho é inteligente, faz comidas diferente E ela acaba satisfeita com a sua companhia. Pinguancha que casa nova sonha com rancho e família No começo é maravilha e os tropeços vem ligeiro Logo sente saudade dos bons tempos de solteira E frouxa a casca bem ligeiro enfeita a testa do parceiro Muito macho depois de véio vira a conquistador E no cabo do amor sempre tem sua pretensão Só pensa em dar dentada na maçã dos outros E acaba descuidando com a que tem nas mãos. Então escutem bem o verso que te digo Cuidado meu amigo com este tal de Ricardão E tem cego que entende, mas faz que não compreende Tem dobradiça nas guampas pra poder passar em portão.