Vejo as feridas tocadas Como se fosse um novo inverno Como se fossem o inferno em você Perdida em silêncio na mesma rua Puno meu olhar sobre os ombros Desfruto do mesmo silêncio Que perturbou, mas pôde evitar A mesma história errada tão reprisada Que um dia isso não passe de um conto Um canto sujo, por desabar Esquecido tomado por ruínas Sem merecer no tempo qualquer lugar O céu desmoronava em meus sonhos Bem suspeitei, mas não pude ficar Vermelha era a mira em minha cara Ardia em meus olhos insones Furtivos por fora e por dentro O medo de não querer mais voltar Cair de novo em mãos erradas