Não tenho outra voz além da que calo E nenhuma palavra senão a que falo De boca fechada, Não há qualquer grito dentro desse peito, Nem nada a fazer, tudo já foi feito Ou, quem sabe, nada, Só tenho um olhar que não me deixa mudo, Olhar tagarela, que olha e diz tudo com o seu brilhar, Brilho que deixa minh'alma tão leve, Olhar indiscreto, que lê e escreve o verbo amar, Vem, conjugar, sem julgar, vem comigo, Vem me amar, vem cá que eu preciso cantar a beleza que não sei calar, Falar o silêncio que quero dizer pra você, vem ...