Tempim mei bruscado, de zóio arremelado Na greta da janela eu vejo um gato assustado Coração acelerado, me lembrei dos antepassados E quando a coruja canta Faz um brinde a bruxa do calcanhar rachado Com sua vassoura ela baila no breu do sertão Sapo não sai da lagoa, pra não cair no seu caldeirão Com a boca armagando e a cabeça variando Na carcunda do tatu ele foi só cavucando E o dia vai passando e a noite foi chegando Numa catinga de gambá os urubu tava voando Fui comer tava embuchando, musquitada atazanando Numa moita de capim cascavel tava rachando E a Lua me olhando ouvindo um lobo uivando Ascendo uma vela e vou cantando Creim em Deus pai Creim em Deus pai Creim em Deus pai Sái pra lá cururu