A garganta é a gruta que guarda o som A garganta está entre a mente E o coração Vem coisa de cima, vem coisa de baixo E de repente um nó! E o que eu quero dizer Às vezes acontece um negócio esquisito Quando eu quero falar, eu grito Quando eu quero gritar, eu falo O resultado? Calo Camadas e camadas de medo e amor recolhido Fendas, rachaduras, [?], esfenoides Dando adeus Dando A Deus Por que será que às vezes eu ainda fico assim só? Sem voz Sendo que tudo o que eu quero é estar com voz? Porque voz é quem me dá o sustento e a alegria de cantar Por isso eu pedi que vós comigo sempre estivesse E um pensamento veio em resposta Duvidar que dentro de mim há voz Não é o mesmo que duvidar De vós?