Diz que águas passadas não movem moinhos Mas isso é mentira, eu posso provar O ciclo das águas demonstra a verdade Que água que passa pode retornar Pois águas passadas transformam-se em nuvens Que vem novamente cair sobre o chão Tal qual a lembrança de amores passados Que um dia retornam para o coração Quando essas lembranças retornam ao meu peito Cobrindo de nuvens meu céu interior Revejo a imagem da mulher amada Numa tempestade de sublime amor Então nessas horas de longo martírio Num mar de saudade sucumbe minha calma E quando compreendo que ela não volta Derramo torrentes de pranto da alma Se as águas retornam ao leito do rio Se até o filho pródigo retorna ao seu lar Se as aves retornam para o ninho antigo Por que minha amada não pode voltar? Essa tempestade de amor me enlouquece Mas se ela voltar será tudo esplendor Terei em seus olhos o Sol da esperança E a eterna bonança em seus beijos de amor