Não me considero o pior Nem melhor do que alguém Vou levando a minha vida Calmamente mal ou bem Procuro ajudar os outros Não importa qual ou quem Neste mundo algum defeito Meus amigos todos têm Sou amigo nas horas boas Nas horas ruins também Só que pra casa não levo Desaforo de ninguém Quando abro este meu peito O povo todo me escuta Num fandango de galpão Dizem que eu sou batuta Esta vida que eu levo É uma constante labuta Eu me considero apenas Um ser humano que luta Procuro agir direito Sempre com boa conduta Mas sou pior que cascavel Quando entro na disputa Neste Rio Grande gaúcho Rincão onde fui criado Deixei bastante amizade Por onde eu tenho passado Meu lema é respeitar Pra sempre ser respeitado Não ponho culpa nos outros Quando eu fui o culpado Eu sempre peço desculpas Quando acho que estou errado Mas se eu for ofendido O buchicho está formado No manejo de uma adaga Eu não sou flor que se cheira Porém não sou buchicheiro Ajo com boas maneiras Gosto mesmo é de um fandango Numa festa galponeira Onde se dança a milonga Vanerão, xote e rancheira Vou deixar o meu abraço No compasso da vaneira Adeus indianada boenacha Moçada linda e faceira