Granada que implode O jardim orquidário dos meus pensamentos assassinados Transfigura-se por entre minha carne etérea e alma queimada O arrependimento aflito e o silêncio em grito Até a chuva chorou Quando voce suspirou E se foi Até o vento parou De zumbir O ar se modificou As coisas mudaram de lugar E eu fiquei Madrugada afora dentro de casa Minha piscina de lagrimas feita na sala Acende as chamas do abaju E apaga as chamas do meu coração A dor invade a inércia do lugar, e eu fiquei Madrugada afora dentro de casa Minha piscina de lagrimas feita na sala Madrugada afora dentro de casa Minha orquestra de choro tocando na sala Madrugada afora e eu dentro de casa Minha piscina de lagrimas transborda Madrugada fora e eu aqui dentro Nunca vi sofrimento curado É aguado esse choro do luto Fico puto e cometo pecado Gosto amargo sobe a boca E é rouca a voz do consolo Esse dolo que esmurra meu peito Pelo jeito já fui condenado Fico quieto, calado, sozinho Arrumo meu ninho para descançar Mar me lembro não sou passarinho E de nada adianta O meu bico calar Solto um berro, solto um grito, me agito vou sair Aqui dentro só dá madrugada E lá fora a alvorada pode até surgir