[Xama] É pau é pedra é o fim do caminho Eu gastando dinheiro depois ficando sozinho Alguém me rola um cigarro divide o copo de vinho A consciência da moca a vida não da um carinho É quadrada na cara é o esculacho no preto É buarque bambata é o manifesto do gueto É o vapor e o patrão, na farofa o galeto A policia e o ladrão nisso eu nem me intrometo É o traçante no céu, as estrelas no chão Com amor no papel guardanapo no pão É cachaça com mel, arroz ovo e feijão São as vidas ao leo um passo na contramão É um muro sem embolso as expressão de cansaço Nesse angu tem caroço eu não nego um abraço Vagabundo sem esforço da laranja ao bagaço A expressão de bom moço ao choro do palhaço É a boa da braba é a braba da boa É o presunto na vala e o xama na canoa É uns parentes em angola, outros em joão pessoa Uns parentes na endola e outros morrendo atoa Ta chegando dezembro e com ele o verão É a promessa de vida pro meu coração Dezembro vira janeiro e vira tudo verão É a promessa de vida pro meu coração [Estudante] Pau e pedra fugimos a regra a tia que rega, uns trocados nega Aquele que quebra a conduta a zinebra Aqui não é genebra, qualquer oferta se leva Meninas se vendem se trocam numa madrugada por balde de cerva Entendo que cada semblante aqui dentro expressa uma certa emoção Vendo que nada de importante daqui é o centro dessa multidão Pessoas se matam e se traem insistem em viver nessa solidão Milhares de chicos buarque que não compreenderam o que é construção Certeza falsa, meia noite a valsa o hades mandou a balsa Estudante tira o boné e levanta calça, seus bando de mala sem alça Isso realça discriminação Não aprenderam com newton que toda ação requer uma reação A corrupção implantada esconde bandido finge ser bom moço Caveirão na barão com faca na caveira e o pobre faca no pescoço Só querem comissão me enquadra na esquina cara de pau pede o almoço Sem empresário ou produtor quem investiu em mim foi meu próprio esforço