Todo dia de manhã É a mesma atrocidade Quem é peão vai trabalhar Empaçoca a cidade Pendura trem, busão, metrô De segunda a domingo Enquanto quem é doutor Fala baixo ainda tá dormindo Vida de peão não é fácil não Tem que se apertar dentro do busão Os cara na sua bunda passa a mão Todo dia a mesma coisa nunca muda, não. Na volta do trampo é tudo igual Fora o choro do neném Que as seis e meia quase sete Irrita a geral do trem Chega em casa lá pras oito Come e vê novela das nove Dorme tarde e acorda cedo É assim a vida de pobre