Tipo uma roda de samba, respeito os mais velhos Aprendo com os novos e bato na palma da mão DJ solta a base, põe fogo no baile Rude boy style, começa a sessão A essência a cultura nos trouxe Hoje é cash, kush, bala e doce Pra esses boy, sound system é poser A mensagem do reggae não ouvem E se ouvem não absorvem nada Tem amônia na sua prensada Muita calma, ó meu camarada Sua postura não vale as palavras Vulcão negro transborda em larvas Babí queima entre a preta fumaça Catch a fire nos rapper reaça Dreadlock resiste nas praças Em meio à selva onde vivo Chegaram ontem querem ser estrelas Atitude, ação, disposição, quero conhecê-la Terror do formalismo pop, hip hop O seio do gueto sempre irá recebê-la Nos apresente logo, sem perda de foco, Patacore invoco Força e vigor mesmo pra mantê-la Sem essa de conversa oca, imediatismo sopa Modinha, oba-oba-oba, só besteira Babilônia injeta vício, droga, genocídio pra detê-la Sei que cês tão no apetite sem conhecimento, instrução Disciplina, sem limite Abre o olho e o livro jovem, bota o punho em riste Dispersão, depressão, desalinho Onde há desamor, frustração, família não existe Cuidado no caminho, neguinho Estatísticas são tristes Racismo de Nina Rodrigues lhe persegue e persiste Cuidado e amor pan-africano é o que constitui esse feat Sonzeira preta bate certo, reto cacildes Nem que cês nunca chamem isso aqui de hit Monstruosidade a la comunidade, grooves rudes são elite O tema e a trama aumenta e fundamenta um hino pro revide Nego véio, exponenciais vivem, não regridem As referências me dizem: I believe Tipo num vá com a maré Se livre, se esquive Seu tempo de vida, otimize Plantadão, lucidão, pé no chão, semprão No hip hop sempre me mantive Meu rap é resistência, vivência, mandinga Essência de samba de roda e cantiga A crença nos quatro elementos é sabedoria Respeito a quem tá das antiga Fúria consciente, vem bater de frente Tinha que ser preto, WWL A sigla na mente, no reggae ou repente Minha poesia emerge da pele Rap que resgata, Afrika Bambaataa Desde 90 e pouco falando dos preto Falando pros preto, ideia na lata A conexão que é de gueto pra gueto É ancestral, tem que saber o que fala, sempre sustentar o que diz Espiritual, ver que não existe árvore que fica de pé sem raiz Por isso eu canto que o rap é preto, por mais que tentem clarear Canto que o rap é gueto, por mais que tentem nos calar Canto que o rap é gueto É Bahia, ideia cheque São 50 tons de preto Nos chame de Christian Black Saúdem essa faixa e essa conexão Golden Era e New Age na mesma sessão Obra sem ladainha, tiro de visão Uma fúria consciente derruba portão E bota toda a favela pra entrar Mostra que onde a gente quiser é o nosso lugar Abre seus olhos assim como abriu os meus Ilumina a vida de quem vive no breu Povo na pista e avante Ideias é o nosso flagrante Portando de quilo na mente Por um futuro decente Digno às nossas crianças Sem as falsas lideranças Esquinas sem o sangue dos nossos Arte e cultura pros nossos Paz e liberdade aos nossos Poder aos nossos Velha escola, nova escola, são só gerações diferentes WWL RAP e Fúria Consciente Persistentemente, o respeito é a ideia chave Só que é pra quem tem, como dizia Sabotage Então respeita se queres ser respeitado Então se aceita, honra nossos antepassados Sou resistente, soldado guerreiro Preto da tropa de Zumbi Minha vivência é em coerência Na malandragem sobrevivi Firmão, trampando pesadão Produzindo sonhos sem perder a visão Não atravessa não, ladrão Reconhece o ancião Se você quer passar de ano, sai da recuperação