Eu sou força da mata Que a Lua clareia A força da Lua Que a estrela rodeia Eu sou da floresta A virgem daqui A flora antiga e última Lar dos animais Das águas barrentas Da beira do cais Das terras caídas Sou filho daqui Caboclo que lida na roça Que tira o sustento Que cria o plantiu Colhe o alimento Que escama estrelas Que sai pra pescar Depois do dia de lida Quando a tarde finda Agradeço a Deus Pela minha vida Banho no riacho Vou me sustentar E quando a noite chega Os versos da vida O cheiro da cabocla Companheira querida Dedilho a viola Começo a cantar Eu sou força da mata Que a Lua clareia A força da Lua Que a estrela rodeia Eu sou da floresta Sou filho daqui