Meu barquinho de papel, de menino marinheiro Quase sempre era o primeiro nas regatas da sarjeta Eu seguia rua afora, a cuidar do meu barquinho Sempre atento as grandes ondas e arrecifes do caminho... Certa feita na enxurrada... meu barco se desgarrou! E apesar do meu lamento, bem ao fim do calçamento Meu barquinho naufragou! De tudo guardo, tão só, lembrança que não termina Do cais do porto da esquina bem junto a velha calçada E uma saudade sem dó, dentro do peito ancorada