Foi começar o dia Que o piazito inocente Deixou rastro e festelha Na história da gente Cerquita de osso Com porteira e laçada Que se fecha o pescoço Da perdiz condenada Que se fecha o pescoço Da perdiz condenada Este triste cenário Que faz parte da estampa É o seu próprio calvário Encravado no pampa Onde as penas do homem Se entreveram no trilho Como aquelas que comem Um pouquito de vinho Como aquelas que comem Um pouquito de vinho Mundéo, Mundéo Mundéo o que é É um rodeio do céu Numa parte de fé Leva as penas da terra Mangueadas a pé Leva as penas da terra Mangueadas a pé Vê o tempo que possa Permitir que lhe cobre A licença de casa E um consumo tão pobre No galope da vida Vai perdendo distância Mendigando comida No mundéo da esperança Mendigando comida No mundéo da esperança A porteira fartura Não está mais aberta E a amassada amargura Cada vez mais aperta Na verdade são penas Que tropiou em criança E que agora apenas Vem brincar de vingança E que agora apenas Vem brincar de vingança.