Me olhou sem dizer nada Foi chegando despacito Tinha um sorriso bonito Numa forma de quimera A mais linda das imagens Dentre um quadro de beleza Que pintou a natureza Num dia de primavera Lembrava campos floridos Umidecidos de sereno Leves brisas e acenos Nos seus cabelos trazida Cores de auroras nas zonas Emuldurando as manhãs Como uma alma guardiã Do brilho de cada dia (Refrão) Fez dos meus olhos crianças Um mundo de fantasia E um rancho pra moradia Na minha imaginação Talvez, pedaços de tempo Parados dentro da gente Onde os olhos certamente São portas do coração São portas do coração Ficou lá dentro de mim Juntados pelos olhares Aqueles mesmos lugares Guardados com sentimento Refeitos nessa visão Coisas antigas da vida Que estavam quase perdidas Nos cantos do pensamento Trouxe de volta este canto Para quem já te cantou E a poesia que ficou Foi colorindo a ilusão Quando a mente está aberta Para os velhos momentos Esses pedaços de tempo Se abrigam numa canção (Repete o Refrão) São portas do coração