Vi a arte na estrada De secular tradição De um povo já quase sem nada Mendigando o seu pão Alguns o chamam lacaio Pelo jeito maltrapilho Se encontram por toda a parte Sobrevivendo da arte Tradição de pai pra filho (Refrão) Da nação Guarani Ainda resta o brio São os primitivos daqui E hoje passam fome e frio Vi o índio sentado Junto ao fogo que entretém Relembrando o passado Dentre causos do além Vi cabanas de taquara Coberta de lona e capim Vi estampado no rosto Uma esperança sem fim Eu vi a índia na rua Vendendo balaios feitos Vi o filho em pé de lua Agarrado em seu peito Também vi perseverança Na fria tarde de maio Doce, porcos, arte em trança Sobrevivem do balaio Semblante rude no olhar Bravo instinto fraternal Alimentam as crianças Com balaios de esperança E sua fé natural (Repete o Refrão) São balaios de esperança Os balaios que eu vi Histórias de lutas e guerras Dos verdadeiros donos da terra Bravo! Bravo povo Guarani!