Na beirada de um açude Parceirando a Solidão Só o trotear do coração E o manotear dos ventos Guitarreio os seus lamentos Em cada som deste chão Guitarreio os seus lamentos Em cada som deste chão Quisera malhar o tempo Neste momento solene Quando esta vida perene Tem valor absoluto Cismo até que Deus escuto Quando a pampa triste geme Cismo até que Deus escuto Quando a pampa triste geme (Refrão) Um solito devaneio Entretido em meu cantar Sinto a vida soluçar Em tudo que me rodeia Na relva seca ou na areia Quando incendeia o luar Na relva seca ou na areia Quando incendeia o luar A noite se arrasta lerda Toda emponchada em seu manto Entoando este canto Almas penadas são rãs Cantando até que as manhãs Apaguem os pirilampos Cantando até que as manhãs Apaguem os pirilampos No firmamento as estralas Entre nuvens vão bailando Eu por fim vou escutando Algum som imaginário Que faz parte do calvário De quem pensa estar pescando Que faz parte do calvário De quem pensa estar pescando (Repete o Refrão) Na relva seca ou na areia Quando incendeia o luar