Auras de paz solvejando a grande pampa A tarde morna descampando no aprisco Os passarinhos se aninhando nas ramagens Uma bela nuvem namorando ocaso arisco Quando o sol vem despedir-se no horizonte Preteando o verde ondulário lá da serra Com os matizes deslumbrantes do poente Nesse momento esquecemos que existem guerras (Refrão) Canto de paz sugere a rola se aninhando E a natureza é um belo ninho de querer Se os governantes sancionassem bem querênças Nos parlamentos das ganâncias do poder Nos parlamentos das ganâncias do poder Emponchado de lembranças fascinantes Chega a saudade repontando o entardecer Cochilo a noite em suaves ressonâncias Buscando a vida em cada novo amanhecer Arrinconado no aconchego de mim mesmo Eu adormeço sobre o capre das lembranças Embalo o sono de homens livres da miséria Alicerçados na pureza das crianças (Repete o Refrão) Nos parlamentos das ganâncias do poder.