Minha cidade, tu és tão bonita Que eu não me canso nunca de exaltar A formosura toda que palpita Nos teus vergéis, ó terra singular! Não permito, senhores, que ninguém Goste mais do que eu de Santarém! Andei louvando as tuas faceirices, Alguns dos muitos esplendores teus. Falei também das rezas, das crendices E da profunda fé na Mãe de Deus. Não permito, senhores, que ninguém Goste mais do que eu de Santarém! Eu sinto n'alma o mesmo intenso afeto Que te transforma, ó linda Santarém, Do Tapajós no sonho predileto E do Amazonas no querido bem! Não permito, senhores, que ninguém Goste mais do que eu de Santarém!