(O dia em que todo mundo amar a sua terra eu vou dormir igual um frade...) Os milênios da história viajaram E buscaram descanso numa sombra E pararam numa cidadezinha Lá no sertão de nós dois Construíram algumas ruazinhas Uma praça e uma igreja linda Chuviscaram meninos de topete E eu também e você. Tacha gente Ô clara! Quando eu saio daqui dá saudade Quando eu lembro dos sinos batendo Me orgulho todo e aí... E aí... Ô clara! Eu pergunto se o trem tá na hora Eu pergunto se a marinete não chega mais ligeirim Apertou a saudade, não tem jeito Minha mãe deve estar pensando o mesmo Já estou vendo a poesia da estrada O mato inteiro passar Vou comer carne assada em tua casa Tô levando minha viola velha Uma música nova aqui da terra Do amor que mata nós dois Eu já vou! Ô clara! Quando eu saio daqui dá saudade Quando eu lembro dos sinos batendo Me orgulho todo e aí... E aí... Ô clara! Eu pergunto se o trem tá na hora Eu pergunto se a marinete não chega mais ligeirim (Em homenagem a uma moça que se matou três vezes e continua viva)