Wilson Aragão

Uma Canção para os meus cantadores

Wilson Aragão


No inverno da noite 
no meio da praça 
um violeiro vagando a cantar 
a história de um povo a vida da gente 
a mesma canção que não pode parar 
e quando o frio debruça na estrada 
uma estrela desce a cantar 

Clareia povo meu bem clareia 
vê um rio nesta manhã 
e bem distante desta viola 
pede-me a vida uma canção 
Um irmão nessa noite  
num Soure da vida 
cavalga a rasgar 
um beijo na história 
um olhar no horizonte 
um sonho distante começa a acordar 
tem horas que a noite não tem uma estrela  
a gente é que tem que brilhar 
um homem que passa 
a gente nem pensa 
é um gol no meu peito em plena escuridão 
e o violeiro é a gente no espelho 
e a gente só pede uma canção