Vou avisando logo antes que eu lhe afogue com tanta aflição: Minha poesia é estéril sem rima sem par; é só solidão. Sou aquele anjo torno, jogado, quase morto, trancado no porão. Meu olhar cansado sem brilho, sem cor é só ilusão. Desculpe pela tristeza pelo clamar. Coleciono palavras bonitas, mas são as aflitas que vêm pra bincar. É aquela dor de outrora, rompendo a aurora do meu coração, feito um trem vazio cortanto os trilhos de volta à estação. É um dobrar de esquina, uma eterna sina de sofreguidão, feito um grito seco deixano eco na escuridão.