A vida puxa igual maré em dia de ressaca E a floresta responde a tudo que ataca O sol limpa a cortina E eu abro a retina Com erva na resina Com a intenção de andar devagar E a vista baixa Meu mano a vista baixa me separa Meu mano a brisa errada eu disse para E a vergonha na cara Meu mano a vista baixa traz silêncio Traz relento Meu mano a brisa errada eu disse para para sempre Com a fala na garganta e a vontade no parapente Na mente de um jovem delinquente Enquanto eu não me esquive Meu verso eu sei que vive E cada dia é um episódio sem reprise O fundo do poço tá no sofredor E na hora que eu quiser posso me levantar A luta é agora não vivo para sempre para tentar O fundo do poço tá no sofredor E na hora que eu quiser posso me levantar A luta é agora não vivo para sempre para tentar E a liberdade acompanhando como pássaros Enquanto o dia passa vagaroso Admirando fatos A linguá vai na métrica e seus obstáculos E a levada elevando cálculos Água se doe e minha voz ecoa A molecada eu sei que zoa Viagem boa É uma ideia e um microfone e meu sangue Batendo na incerteza e lembrando que a estrada é grande A duvida é sutil, o verso é um pavio Nem que eu ascenda só por um instante Relevo o sol cinza, maresia é o sabor Que também vai na blunt Já me levou sim, com o cheiro do cabelo e a cor da pele Com as pétalas da rosa e o bem me quer Com as pétalas da ganja observem E a gente vai gastando o que puder Em casa sem perigo que me levem Num momento de fé Para que as heresias se despertem E quem puder, por favor me acompanhe nessa prece Num momento que se lembra o que se esquece No momento em que eu prendo a fumaça da erva No momento em que o medo não mais me congela No momento em que eu penso nela Na relevância de idade a dor Também me confunde as vielas O fundo do poço tá no sofredor E na hora que eu quiser posso me levantar A luta é agora não vivo para sempre para tentar O fundo do poço tá no sofredor E na hora que eu quiser posso me levantar A luta é agora não vivo para sempre para tentar