Sou filho desse chão descampado do cerrado maltratado arrodeado de serra
Pra todo lado, mato baixo torcido, quando quer todo florido formosura conquista
Desponta a flor azul pra adornar o seu cabelo, suja os pés de ferro desse chão todo vermelho
Eu quero cantar como canta o sabiá, mal sabia que sabia que sabiá nem conhecia
Greta grota que nasce água cristalina da chapada da Canastra de Minas
Filete de estilete cortada, entre as rochas incrustadas, vai daqui pra Bahia
Carrega pro sertão esperança e alegria, corta, fora à fora, toda noite, todo dia
O Velho Chico quer cantar como canta o carcará e águia só queria saber poder nadar
Grilos num silêncio profundo donde passou o Viramundo por toda essa província
Ladeira alta cheia de pedra, lá de cima eu vejo ela: A musa dos meus poetas
A Lua toda “blue” é a cara lá do Norte, a nossa é de Drummond e de conhaque nos comove
O mãe-da-Lua uratau canta feito flauta doce
E o canto da Mãe D’água quem me dera que isso fosse
Sou filho desse chão descampado do cerrado maltratado arrodeado de serra
Pra todo lado, mato baixo torcido, quando quer todo florido formosura conquista
Desponta a flor azul pra adornar o seu cabelo, suja os pés de ferro desse chão todo vermelho
Eu quero cantar como canta o sabiá, mal sabia que sabia que sabiá nem conhecia
Greta grota que nasce água cristalina da chapada da Canastra de Minas
Filete de estilete cortada, entre as rochas incrustadas, vai daqui pra Bahia
Carrega pro sertão esperança e alegria, corta, fora à fora, toda noite, todo dia
O Velho Chico quer cantar como canta o carcará e águia só queria saber poder nadar
Grilos num silêncio profundo donde passou o Viramundo por toda essa província
Ladeira alta cheia de pedra, lá de cima eu vejo ela: A musa dos meus poetas
A Lua toda “blue” é a cara lá do Norte, a nossa é de Carlos Drummond e de conhaque nos comove
O mãe-da-Lua uratau canta feito flauta doce
E o canto da Mãe D’água quem me dera que isso fosse
Eu vou entrar no rio, eu quero mergulhar, eu vou deixar a correnteza me levar até o Mar
Eu vou entrar no Velho Chico, eu quero mergulhar, eu vou deixar a correnteza me levar até à Bahia
Eu vou entrar no rio, eu quero mergulhar, eu vou deixar a correnteza me levar até o Mar
Eu vou entrar no Velho Chico, eu quero mergulhar, eu vou deixar a correnteza me levar, Santa Bahia!
Eu vou entrar no rio, eu quero ver peixinho, eu quero dar beijinho na Mãe D’água
