O véu da noite se abriu Um novo dia há de alvorecer O sol dourando o horizonte No esplendor do amanhecer Moldado em barro, o homem surgiu Em seu olhar reluz Belezas dessa pátria mãe gentil Oh matuto sonhador, germina a vida Debruça sobre a terra sua lida Mãos calejadas, tamanha devoção Ao cultivo deste chão Lá vai ele lavourar Caminhando pela estrada Com suor a pingar no manejo da enxada E quando o dia adormece Resplandece a lua vaidosa a brilhar Com os dedos pontilhando a viola O orvalho chora Faz a flor desabrochar És agora agricultor Que protege as riquezas deste grão Bordando um mosaico encantador Sustenta esse negócio de inovação Sorriu a natureza generosa Tão bela e formosa, fruto da vida Se tem festança, tem cantoria Com a Tijuca até o raiar o dia Semeia sorriso num solo sagrado Abençoado pelo povo do Borel Tijuca, faz a festa acontecer Chegou a nossa hora de vencer