Clareia, deixa girar Nas águas de oxalá Ê, saruê, saruê baiana! Tem o balanço do mar Perfuma à luz do luar A nossa bandeira vermelha e branca Mãe preta vem girar no seu gongá Traz a luz das iabás para o tigre desfilar Bahia dos sagrados ancestrais Retidas no cais memórias da cor (E no Pelô) ganho pra lá (E no) Ginga pra cá Em janeiro água de cheiro a purificar Vem ver o samba nascer Hoje tem batuquejê com aroma de alfazema Morena, no seu tabuleiro Tem um axé, um tempero A África ficou pequena Corre pra ver no terreiro de Ciata Vai ter Xirê, uma roda na madrugada Firma na palma taieira do morro Sem perceber já é manhã de novo Lá vem sua saia rendada Prateando a rua em procissão Contas, um rosário no peito Ao santo negro a devoção Brilha no templo do samba! A gente conhece o valor Daquela velha baiana Que o Porto da Pedra coroou